Bem-vindos
ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas
histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos
encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer
saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html
20º Carta –
28/10/15
Inspirada em
trabalhos de faculdade sobre pré-história, Egito antigo e cultura greco-romana.
Amor,
O Tempo
hoje me convidou para conhecer sua infância, eu aceitei o convite e com ele
passeei por eras de gelo, galopei na garupa de faraós e ajudei a esculpir
bustos romanos. A cada lugar que passava sentia uma familiaridade tão grande, que
conseguia fazer parte do que eram aquelas pessoas, mas isso é meio óbvio, não?
Elas criaram o mundo em vivemos hoje, fazem parte do que somos.
Enquanto percorria
o rio Nilo me lembrei de nós. Será que nos encontramos ali na infância do
tempo? Como aparentaríamos? Será que você me amou quando eu reverenciava a Ísis?
Será que o amor era como o sentimos agora? Adorei nos imaginar ali, e depois em vários
outros encontros dentro uma espiral onde rapidamente nossos olhos se cruzavam e
criavam novas realidades, e nos colocavam em idades diferentes, onde tínhamos faces novas a cada ciclo, e trocávamos de sexo, assim como, de papéis inúmeras vezes, mas éramos sempre nós
em essência, eu e você. Sabe de uma coisa, acho que antes de tudo isso fomos
estrelas gêmeas, como é Sirius e sua irmã que não é vista, e um belo dia resolvemos
explodir de tanto amor e nos espalhamos por essa Terra mágica para brincar de
teatro, enquanto, vamos juntando nossas partes que estão espalhadas por aí. As
vezes cansa, né? Mas é tão divertido, porque nessa busca vamos nos misturando
com outras estrelas que também explodiram de amor e nos tornamos outros “nós” e
podemos assim colecionar novas formas de amar. Me excita tanto pensar no que
nos tornaremos quando a velhice do tempo chegar, talvez sejamos peixes
beijoqueiros, ou melhor ainda, talvez possamos ser peixes beijoqueiros que voam, tomara! Mas o que importa é que ainda
seremos eu e você.
Amor, eu
sei que a carta de hoje está meio maluquinha, mas o Tempo me ensinou que um
pouco de loucura é necessária para entendermos sua forma de ser. Tic-tac...
Eu
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