49º e Última Carta - Ser e deixar Ser
Bem-vindos
ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas
histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos
encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer
saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html
49º
Carta – 06/02/16
Inspirada
nos recomeços.
Sempre que alguém faz um mapa astral comigo eu sugiro uma tarefa
de reflexão que dura um ciclo de 49 dias. Hoje mais uma pessoa terminou esse
processo me lembrando de observar os meus próprios finais de ciclos.
Amor,
Como eu
gostaria de saber colocar em palavras aquilo que em mim pulsa. Tentei por 49
vezes, mas ainda não sei dizer o meu sentir. Tentei fazer da inocência do
encontro palavra, de meu sonho rima, de meu choro chamado, de meu querer “nós”,
mas não consegui.

Não sei,
não sei, não sei.
Hoje fui
acordada por um bater de asas, houve um zumbido forte que abriu os meus ouvidos
para uma voz ancestral que me contou sobre os segredos do Amor, segredos que só
percebo como uma premonição, ainda não alcanço sua realidade.
Me vi
tomada por algo em mim que sabe mais que eu, e que entende que amar não é
querer, não é sentir, não é agradecer, não é perdoar, não é faltar nem complementar,
nem expandir nem contrair, nem eu nem você. O Amor é permissão, é o campo de
manifestação de tudo quanto existe, de tudo que se sente, de tudo que se cria e
destrói. Ele, o Amor, não se importa nem mesmo em amar, ele só quer e só pode “deixar
ser”.
É por Sua
vontade que a Vida dá luz à Morte, e a Morte faz sexo com a Vida
incessantemente. Novas dimensões de quem somos são criadas a cada segundo.
Não posso
parar, não há como parar, e sendo assim, sou levada a escrever minha última
carta a você, respeitando as lições que hoje aprendi.
Me propus
te escrever por um ano, mas, como disse antes, o tempo do Amor é diferente, é
ele quem decide quando começar ou terminar. Foram apenas quatro meses, que
parecem toda uma vida, e através de minhas cartas te germinei em muitos
corações, te espalhei pelo mundo. Me sinto tão bem por isso, nos vejo tão lindos!
Me pego sorrindo enquanto escrevo “nos vejo tão lindos”, é simples... nada mais
a acrescentar.
A escrita
não cessará, virá vestida com outras roupas, e você estará nela, já estava
mesmo antes de nos encontramos, pois sempre esteve em mim.
Nos
amamos no tempo sem tempo, em épocas onde esse hoje era um futuro distante, seguimos
nos amando agora, e nos amaremos quando esse agora for um ontem esquecido.
Por isso,
meu bem, só quero te dizer: Sê feliz! Confio em sua capacidade de sê-lo.
A roda
gira, gira, gira ... Olhos reconhecem o que corações nunca esqueceram.
Eternamente
livre para ser (sua),
Eu
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